Depois do sebo

Nada como uma visita aos sebos no centro da cidade pra animar o final de semana! Comprei umas bolachas (6 discos no total, e gastei menos de R$50!), as três descritas abaixo são todas prensagens brasileiras, então devem ser razoavelmente fáceis de encontrar.

Jean-Luc Ponty – Individual Choice [Polydor, Brasil 1983]
Tinha o nome do Ponty na cabeça há algum tempo, mas nenhum disco dele. Assim, fiquei impressionado com este aqui, e acho que foi o disco que mais gostei desta leva.
Todas as faixas contém o Ponty nos sintetizadores e violino (instrumento que o projetou em outras bandas), e uma delas tem companhia do George Duke no mini-Moog. Algumas faixas parecem aquelas aberturas de Olimpíada (tipo Los Angeles 1984) ou abertura de programa esportivo de TV, meio épicas. Mas o melhor são as linhas e melodias repetitivas totalmente a la Detroit techno (e altamente sampleáveis! Alias, deve ter sido exatamente isso que o Mad Mike e o Juan Atkins fizeram na Journey of The Dragons: roubaram a Computer Incantations For World Peace deste LP do Ponty… hehehhe).

Dr. Buzzard’s Original Savannah Band [RCA, Brasil 1977]
O nome e o som desta banda são bastante inusitados, principalmente o som, que é difícil de descrever. Diria que é uma mistura de jazz, cabaret francês, eletrônica sutil e Disco. As faixas mais legais aqui são Cherchez La Femme (que era discotecada pelo Ron Hardy) e Sour and Sweet. Mas todas têm uma levada gostosa, embora sejam bastante cantadas e cheias de vocais.

George Duke: Reach for it [CBS, Brasil 1978]
Curto bastante o som do Duke, quase todos LPs nos anos 70. Ele sempre fez um jazz-funk com influências eletrônicas, tocando sintetizadores (principalmente o Moog). Algumas das faixas são bem rapidinhas, cheias de arranjos e virtuosismo (como a ótima “Diamonds”). Outras são mais calmas, lembrando o flerte que Duke teve com a MPB (vale a pena procurar o seu LP Brazilian Love Affair).